sábado, 8 de dezembro de 2012

Medo: pretexto para tirar a liberdade e criminalizar pobres

Para advogado, “a violência do Estado é necessária para a produção da obediência das classes mais baixas”. Movimentos responsabilizam forças policiais pela violência contra a população, principalmente de baixa renda e negra

A onda de violência no Estado de São Paulo põe em questão o papel e a função das forças de segurança pública existentes no país. 

Para o advogado que atua na área de direitos humanos Renato Roseno, é preciso indagar se houve mudança no papel do Estado e da Polícia Militar (a que mais mata no mundo) nos últimos anos, ou se esse é o caráter histórico dessas instituições. 

Os movimentos sociais responsabilizam as forças policiais pela violência contra a população, principalmente de baixa renda e negra.

“O Estado precisa educar e coagir a sociedade, e um dos dispositivos para fazer isso são as instituições de segurança pública. A violência do Estado é necessária para a produção da obediência das classes mais baixas”, avalia Roseno.

Em entrevista à Radioagência NP, após participação no debate “Desmilitarização da polícia e da política”, ocorrido na última segunda-feira (3) na PUC-SP, Roseno afirmou que “o medo vira pretexto para destituir a liberdade e criminalizar pobres”.

UENF melhor que UFRJ! Mas não ia cair o padrão de ensino?

Segundo o Índice Geral dos Cursos (IGC), a Universidade Estadual do Norte Fluminense ( UENF), que adota a modalidade de cotas para  política de cotas desde 2002, é a melhor do Rio de Janeiro, à frente da UFRJ, que só no ano que vem começará a adotá-la por força de lei federal. 

A notícia, embasada em pesquisa conforme matéria abaixo, mostra que esta política que é uma modalidade de Ações Afirmativas não fez cair o padrão de ensino desta universidade. Certo?


A UENF figura em novo ranking das melhores universidades latino-americanas ou ibero-americanas. Na avaliação da Scimago Institutions Rankings (SIR) sobre performance em pesquisa, a UENF ocupa a 62ª posição na lista da América Latina e a 116ª na relação ampliada que inclui as instituições de Portugal e Espanha. Os dados foram retirados da base Scopus, considerada uma das mais abrangentes do mundo.
O ranking SIR leva em conta cinco indicadores principais: produção científica; colaborações internacionais; impacto científico ponderado; porcentagem de publicações em periódicos de alto prestígio; e uma espécie de ‘taxa de excelência’, associada ao percentual da produção científica incluída nos 10% de trabalhos mais citados no mundo nas respectivas áreas.
Os números indicam que, em relação ao levantamento anterior (2011), a UENF teve crescimento em indicadores de volume de produção científica (+14%), de colaborações internacionais (+5,3%) e de ‘taxa de excelência’ (+4,2%). Seguindo tendência da maioria das universidades brasileiras melhor colocadas no ranking, a UENF teve decréscimo em índices de impacto da produção (-6,5%) e de publicação nos periódicos de alto prestígio (-1,2%). As informações podem ser consultadas aqui.
Outros rankings – Em outro levantamento, baseado em critérios diferentes (não restritos à pesquisa) e divulgado em 2011 pela agência britânica QS, a UENF foi relacionada entre as 88 melhores da América Latina. Já segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, que compila conceitos dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação e ainda condições de infraestrutura, a UENF vem se mantendo entre as 15 de melhor pontuação no país (2007/2008/2009/2010).
Fonte: Campos 24 horas/

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